Preciso de um namorado ou só de um amigo?
O que nos falta: um par ou apenas alguém que nos entenda?
Por que pensamos que só um romance pode preencher a solidão? Tenho pensado bastante nisso nos últimos dias. Às vezes, a gente não quer um namorado. Só queremos alguém que pergunte como foi o nosso dia e realmente escute a resposta. Faz sentido? Porque, no fundo, a gente só quer se sentir vista e ouvida.
Talvez o que eu busque não seja exatamente um relacionamento, mas sim uma presença. Alguém que esteja ali, de verdade. Será que é o amor que me falta ou apenas alguém que se importe? Muitas perguntas para poucas respostas. Talvez a resposta esteja em olhar para dentro, em vez de buscar fora.
Crescemos com a ideia, reforçada por filmes e músicas, de que o amor romântico é a solução para tudo. Que, quando ele chegar, preencherá todos os vazios da nossa vida – até aqueles que nem estão diretamente ligados a ele. A sociedade nos ensina que a felicidade depende disso, como se estar solteira significasse, de algum modo, estar incompleta. Mas será mesmo que felicidade e completude dependem disso?
Ou será que, por crescermos com essa ideia, acabamos confundindo a necessidade de companhia com a de um relacionamento? Vivemos em um mundo onde, estranhamente, estamos cada vez mais conectados e, ao mesmo tempo, nos sentindo mais sozinhos.
Abrimos o Instagram e vemos todo mundo feliz, namorando, curtindo a vida – e aquela sensação de que falta algo só aumenta. Mas será que falta mesmo? Ou será que a gente só está confundindo a felicidade dos outros com a nossa própria?
A verdade é que a necessidade de companhia e afeto está ali, constante. Mas a dúvida que me acompanha é: o que realmente me faz falta? O amor ou a amizade? Lembro de uma vez em que estava assistindo a um filme sozinha e pensei: "Seria legal ter alguém aqui..." Mas, quando parei para refletir, percebi que não queria necessariamente um namorado – só queria alguém para rir junto naquela cena engraçada ou comentar o final surpreendente. Isso me fez questionar: será que a gente sabe mesmo o que quer, ou só estamos tentando preencher uma carência que nem entendemos direito?
Muitas pessoas já me disseram: "É só ter os dois." Mas, e se eu não precisar dos dois? E se, por carência, eu acabar me envolvendo com alguém que quer um relacionamento de verdade, enquanto eu só busco amizade? Ou pior: e se eu confundir a necessidade de companhia com amor e acabar magoando alguém – ou a mim mesma?
Será que a gente precisa definir tudo? Ou será que o mais importante é ser honesta comigo mesma e com os outros, entendendo que nem sempre as respostas estão claras – e que está tudo bem em não saber? Talvez a resposta não esteja em escolher entre amor e amizade, mas em reconhecer o que realmente nos preenche. Porque, no final, não importa o rótulo – importa a conexão. E talvez, só talvez, isso já seja o suficiente para nos fazer sentir completos.
eu amei seu texto!!! até comentei como restack que agora no meu pós término eu percebo que lá atrás quando me envolvi com ele eu não buscava um namorado, eu buscava uma companhia e alguém pra me perguntar “como foi seu dia” ou me buscar no metrô. Eu só queria carinho atenção e companhia, mas isso a gente consegue com amigos. Eles teria sido um ótimo amigo, infelizmente a vida tomou outro rumo
Exatamente, assim que me sinto, depois de um tempo confundimos os sinais